13/12/12
O presente
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso. Apesar de sua idade, corria a lenda que ele ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.
Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre.
Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se.
Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram:
— Como o senhor pôde suportar tanta indignidade?
Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós?
Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai.
A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos.
O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre.
— Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. Manter a sua paz, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir!
Sempre que alguém tentar tirar você do sério te irritar, lembre-se que suas atitudes te pertencem, só você é responsável pelo que pensa, sente ou faz; lembre-se que todos tem o " livre arbitrio em suas vidas", então a escolha é tua, somente tua e de mais ninguém. Não pode permitir que alguém ou qualquer coisa te irrite, e te faça perder a cabeça...
Lembre-se: "Só lobos caem em armadilhas para lobos." Assim, aceitar provocações ou deixar que fiquem com quem nos oferece, é uma decisão que cabe exclusivamente a cada um de nós.
- Uma pessoa sem domínio próprio é como uma cidade sem defesa e à mercê de seus inimigos:
"-Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito". (Provérbios 25:28).
“-“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2 Timóteo 1: 7).
"Vós sois o sal da terra."(Mateus, 5:13)
O domínio próprio deve fazer parte do nosso dia a dia, porque é uma das características do fruto do Espírito Santo que está dentro de nós.
(O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, "domínio próprio " (Gálatas 5:22)
Ter o discernimento do bem e do mal é bom, mas temos que estar dispostos a submeter as nossas emoções, nossas mentes e os nossos corpos a Cristo.
Pensemos nisso.
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